Deputado solicita investigação do TCU para gastos supérfluos do governo federal

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O deputado federal Célio Studart (PV-CE) pediu oficialmente ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue o gasto de R$ 1,8 bilhão do governo federal com a compra de alimentos em 2020. De acordo com levantamento do portal Metrópoles, o valor representa um aumento de 20% em relação a 2019, mesmo sendo um ano de pandemia, com diversos órgãos públicos fechados.

No documento, Célio ressalta que é inaceitável o aumento de gastos do governo federal em meio a mais grave crise sanitária e econômica da história do país, com mais de 200 mil vítimas da pandemia de COVID-19, 14 milhões de brasileiros desempregados e com milhões jogados na miséria com o fim do auxílio emergencial. “Vamos ficar em cima acerca da transparência e relevância desses gastos”, afirmou o parlamentar.

Na avaliação de Célio, se os números da reportagem forem procedentes, o governo fere o princípio da moralidade administrativa previsto na Constituição. No documento endereçado à presidência do tribunal de contas nesta quarta-feira (28), o deputado solicita ao órgão de controle verificar tanto a forma quanto o conteúdo das aquisições, “em atenção aos pressupostos legais, às prioridades e aos postulados da séria administração pública, a qual, neste momento de pandemia, deve zelar, de forma ciosa, no que tange a priorização de alocação desses parcos recursos.”

A reportagem mostra gastos expressivos com itens que podem ser considerados supérfluos, como biscoitos, sorvete, massa de pastel, leite condensado – iguaria apreciada pelo próprio presidente da República –, geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, vinho, bombom, chantilly, sagu e até chiclete.

De acordo com os dados publicados pelo Portal da transparência, só com essas gomas de mascar foram torrados mais de R$ 2 milhões, sem contar a compra de molho shoyo, molho inglês e molho de pimenta que, juntos, somam mais de R$ 14 milhões do montante pago. Pizza e refrigerante também fizeram parte do cardápio do ano, com débito de R$ 32,7 milhões dos cofres da União.

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