Lira diz que caso de Daniel Silveira é “ponto fora da curva”

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Em sua primeira manifestação pública sobre a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), considerou o caso “fora da curva”, mas optou por não indicar que caminho a Casa adotará ao tratar do tema em sessão nesta sexta-feira (19 de fevereiro).

“Não há qualquer reprimenda ao que aconteceu e a Câmara amanhã, a partir das 17h, se pronunciará sobre o caso em tela – que eu reputo como absolutamente fora da curva”, disse Lira.

O presidente da Câmara disse que o plenário é soberano para decidir se chancela a prisão de Daniel Silveira e que espera que haja um “tratamento adequado”. As declarações foram feitas em uma breve entrevista após encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também participou da reunião e negou que o caso de Daniel Silveira tenha sido tratado. “A democracia do Brasil está firme e forte, e o ambiente é de paz e de busca de consenso”, disse.

A conversa de Lira e Pacheco com Luiz Fux ocorreu logo após os líderes da Câmara dos Deputados se reunirem na residência oficial do presidente para discutir como se dará a votação desta sexta-feira, que irá definir o destino do deputado preso por incitar a deposição de ministros do STF.

O Plenário da Casa votará de maneira aberta, e apenas uma maioria absoluta de 257 votos poderá manter a decisão da suprema corte.

O caso terá relatoria do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) – que já foi relator de outros casos do tipo na Câmara: em 2006, o parlamentar foi o relator do pedido de cassação do mandato de Pedro Corrêa (PP-PE), envolvido no escândalo do Mensalão. À época, ele defendeu a perda de mandato do então deputado.

Tolerância com intolerantes

No Twitter, o antecessor de Lira na presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a Casa pode ajudar o país a, mais uma vez, reforçar seu compromisso com a democracia. “Não podemos permitir que grupos bolsonaristas continuem perpetuando a ideia de fechamento de instituições como o Congresso Nacional e o STF”, afirmou.

“Tolerância com intolerantes nos leva no sentido contrário e a história já nos mostrou isso. Ou agimos agora, ou corremos o risco de testemunhar aqui as cenas patéticas de uma horda de lunáticos medievais invadindo o Congresso em nome de uma causa que só existe na cabeça deles. Não há outro caminho para quem faz parte desta instituição a não ser a constante luta pelo fortalecimento da nossa democracia e do Estado Democrático de Direito”, disse Maia.

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