O ano de 2020 registrou 428 casos de ataques à liberdade de imprensa, de acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Foi o ano mais violento desde o início do levantamento na década de 1990, de acordo com o relatório Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, publicado em janeiro de 2021.
Durante o governo Bolsonaro, de 2019 para 2020, o número dobrou. Eram 208 ocorrências, o que representa um aumento de 105%.
A explosão de casos está associada à sistemática ação do presidente da República, Jair Bolsonaro, para descredibilizar a imprensa e à ação de seus apoiadores contra veículos de comunicação social e contra os jornalistas.
Ela começou em 2019 e agravou-se em 2020, quando a cobertura jornalística da pandemia provocada pelo novo coronavírus foi pretexto para dezenas de ataques do presidente e dos que o seguiram na negação da crise sanitária.
Hoje, 7 de abril, Dia do Jornalista, isso precisa ser objeto de reflexão por todos nós. Não existe liberdade sem jornalismo. É uma profissão fundamental para continuarmos vivendo numa sociedade democrática.