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quinta-feira, 14 de novembro de 2024
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30% da população considera trabalho do STF ‘ruim’ ou ‘péssimo’

A proporção dos brasileiros que avaliam o trabalho do STF (Supremo Tribunal Federal) como “ruim” ou “péssimo” passou de 26% para 30% no período de junho a agosto. Os dados são de pesquisa PoderData realizada nos dias 17, 18 e 19 deste mês. Como a margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais, houve variação no limite dessa margem. Texto do jornalista Caio Spechoto.

A avaliação “ótimo” ou “bom” ao desempenho do Supremo é compartilhada por 19% da população. Há 2 meses, eram 23% com esse entendimento (de novo, variação dentro da margem de erro).

Os que dizem ser regular o trabalho da Corte passaram de 43% para 42% de uma pesquisa a outra –o que indica nova estabilidade.

Cresceu a predominância do grupo que desaprova a atuação do Supremo em relação àqueles que a aprovam. Em junho, a diferença entre as opiniões negativas e positivas sobre a atuação do STF era de 3 pontos percentuais (empate técnico). Agora, já chega a 11 pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 17 a 19 de agosto, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 481 municípios, nas 27 unidades da Federação.

STF X BOLSONARO

A avaliação do trabalho do STF é pior na opinião de apoiadores do presidente. Entre os que dizem que o trabalho de Bolsonaro é “ótimo” ou “bom”, 41% têm avaliação negativa sobre o STF.

O inverso também acontece. As avaliações negativas ao trabalho do presidente são mais comuns (25%) entre quem atribui “ótimo” ou “bom” ao desempenho do Supremo.

Do início do governo até alguns meses atrás, o presidente Jair Bolsonaro teve atritos com o Supremo. Chegou a comparecer a atos contra o STF e o Congresso.

Exemplo das altercações foi o veto do ministro Alexandre de Moraes à posse de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. Havia sido nomeado por Jair Bolsonaro.

Parte dos apoiadores do presidente da República entende que os demais Poderes não o deixam governar.

O presidente, porém, reduziu os atritos com essas instituições. A nova fase coincide com o afunilamento das investigações contra Fabrício Queiroz, que respingam em sua família.

ESTRATIFICAÇÃO

O percentual de avaliações negativas ao trabalho do Supremo é maior entre homens (35%) que entre mulheres (24%).

As avaliações negativas ficam mais comuns conforme aumenta o grau de instrução. Vão de 22% no grupo que estudou até o ensino fundamental a 38% no que tem nível superior.

Os moradores da região Sul são os que mais desaprovam o trabalho do Supremo, proporcionalmente (38%). Leia os números de todos os estratos:

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