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terça-feira, 19 de novembro de 2024
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Luis Barroso diz que Braga Netto e Lira desmentiram ameaça às eleições de 2022

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nas redes sociais que conversou na manhã desta quinta-feira (22 de julho) com o ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e que ambos “desmentiram, enfaticamente, qualquer episódio de ameaça às eleições”.

“Temos uma Constituição em vigor, instituições funcionando, imprensa livre e sociedade consciente e mobilizada em favor da democracia”, afirmou o ministro. A conversa se deu após o jornal O Estado de S. Paulo publicar hoje reportagem revelando ameaça feita por Braga Netto, por meio de um interlocutor, de que, sem voto impresso, não haverá eleições em 2022.

Mais cedo, ao chegar no Ministério da Defesa, Braga Netto foi questionado sobre a denúncia e limitou-se a dizer “invenção”.

Ameaça de golpe 

O ministro da Defesa, Braga Netto,  fez chegar ao gabinete do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o recado de que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável.

A informação foi revelada pelo Estadão, que disse ainda que ao dar o aviso ao parlamentar, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A subida de tom de Braga Netto se dá justamente no momento em que a CPI da Covid passa a descobrir o envolvimento de militares nas negociações para a compra de doses de vacinas.

Ao receber o recado do ministro da Defesa, diz o jornal, Lira procurou Jair Bolsonaro e disse, segundo interlocutores, que não contaria com ele para qualquer ato de ruptura institucional. O deputado afirmou se manter fiel ao presidente, mas não admitiria golpe

Na semana passada, o governo articulou uma manobra para não sofrer derrota na comissão especial da Câmara que analisa a PEC do voto impresso. Recentemente, 11 partidos disseram não apoiar o texto. Antes do projeto ser barrado, no entanto, o governo conseguiu adiar a discussão para depois do recesso parlamentar, em agosto.Bolsonaro respondeu que nunca havia defendido um golpe, apesar de repetir as falas de Braga Netto a apoiadores e em sua live semanal.

Desde então, Arthur Lira tem defendido publicamente o semipresidencialismo, sistema de governo que retira poderes do presidente. Com informações do Congresso em Foco. 

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