Na sessão desta quinta (12 de agosto), na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Acrísio Sena (PT) criticou os ataques sistemáticos do presidente Bolsonaro ao sistema democrático. Ele lembrou que, em 2,5 anos de governo, Bolsonaro atacou governadores, Congresso Nacional e o STF, afrontando a democracia e a Constituição.
Segundo dados da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), houve 87 ataques de Bolsonaro à imprensa só no primeiro semestre de 2021. Acrísio lembrou que o presidente insiste na tese de fraude nas urnas eletrônicas, sem mostrar provas, e tentou usar os militares para fazer ameaças, como ocorreu dia 10, ao promover o desfile de carros militares na Praça dos Poderes.
Há também o desastre na gestão da pandemia, com mais de 565 mil mortes, com o governo federal recusando 11 ofertas formais de compra de vacinas contra a Covid desde 2020. “O jornalista Reinaldo Azevedo listou 22 crimes de responsabilidade já praticados pelo presidente. Existem 127 pedidos de impeachment, aguardando apreciação do presidente da Câmara, Arthur Lira. O Brasil está perguntando: por que o Bolsonaro ainda não foi afastado?”, finalizou.
*Redução nos direitos trabalhistas
O deputado estadual mostrou-se indignado com a aprovação, pela Câmara Federal, da Medida Provisória 1045, do governo Bolsonaro. “A MP reduz ainda mais os direitos trabalhistas, pois permite a contratação de jovens sem vínculo trabalhista, sem direito a FGTS, sem direito a férias, sem direito a 13º. Enquanto a sociedade preocupava-se com o voto impresso, os direitos do trabalhador foram cassados mais uma vez”, criticou.
A MP também diminuiu o valor da hora extra de categorias com horário reduzido, como telemarketing, jornalistas e radialistas. “O mais revoltante é que já são categorias maltratadas por baixos salários e situação precária. Mas a iniciativa não surpreende, já que o presidente agride cotidianamente a imprensa e adora produzir fake news”, finalizou Acrísio.