Em 19 de outubro de 1921 nascia no Sítio Pinunga, em Jacarecoara, em Cascavel-CE, Francisca das Chagas Pereira, a dona Chaguinha, que há poucos dias completou 100 anos de vida saudável e conversadeira.
Para festejar as 10 décadas de nascimento, Dona Chaguinha reuniu filhos, netos, bisnetos, tataranetos e amigos em sua casa, na Pinunga, para cantar os parabéns e celebrar o dom da vida. Nem todos puderam comparecer, mas todos estavam presente de coração.
Nascida e criada na Pinunga, como gosta de dizer, Dona Chaguinha teve 14 filhos, sendo 8 mulheres e seis homens, e uma prole de mais 44 netos, 80 bisnetos e 44 tataranetos. A prole soma atualmente 168 descentes.
Com 12 filhos Dona Chaguinha e o marido Seu Tomaz revolveram buscar melhoras de vida em Rondônia, para onde partiram em 1º de junho de 1958. Ela conta que a viagem de navio “durou um mês”. Antes de deixar o Ceará ela teve o 13º filho que faleceu ainda bebe.
Chegando a Rondônia, ela lembra muito bem, foram morar na zona rural do Estado, onde passaram 10 anos trabalhando na roça em casa de família. Neste período, em 1961, nasceu o 14º filho.
Em 9 de fevereiro de 1969 deixou a roça para trás e foram morar em Porto Velho. Dona Chaguinha revela que foram atrás de “melhoras para a família”.
Em 1º de abril de 2009 ela voltou para sua terra de origem, a Pinunga, onde vive atualmente rodeada do carinho e cuidados da família.
Dona Gaguinha conta que saiu do Ceará para Rondônia com os 12 filhos sem saber o destino da família. “Não sabia o que aguardava”, disse. Lembra que foi uma vagem muito cansativa e sofrida.
A sua maior alegria, fala com entusiasmo, foi poder criar os seus filhos, e ver netos, bisnetos e tataranetos todos bem. ‘É uma alegria grande. Graças a Deus”, diz agradecida.
Nesse ínterim da vida, Dona Chaguinha lembra o que mais marcou na sua vida foi a morte do marido e de cinco filhos.