A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou, neste domingo, por meio de ofício, que sejam investigados os autores das ameaças de morte enviadas aos seus funcionários, que aumentaram exponencialmente ao longo das últimas 24h. Além disso, foram feitos pedidos de proteção policial aos mesmos servidores.
A escalada de ameaças ocorreu depois de falas do presidente Jair Bolsonaro que criticou a decisão da Agência de autorizar a aplicação de vacinas contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Bolsonaro cobrou publicamente que os responsáveis pela orientação tivessem os nomes expostos e publicados em Diário Oficial.
Cópias do ofício foram encaminhadas à Polícia Federal, ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Ministério da Justiça. A Agência remeteu junto aos documentos um conjunto de anexos com as informações referentes a cada uma das ameaças.
Segundo a Anfisa, o crescimento das ameaças faz com que novas investigações sejam necessárias para identificar os autores e apurar responsabilidades.
Em nota, diz a agência que “mesmo diante de eventual e futuro acolhimento dos pleitos, a Agência manifesta grande preocupação em relação à segurança do seu corpo funcional, tendo em vista o grande número de servidores da Anvisa espalhados por todo o Brasil. Não é possível afastar neste momento que tais servidores sejam alvo de ações covardes e criminosas”.
A Anvisa não publicará os anexos que materializam as ameaças recebidas para não expor os dados pessoais dos envolvidos, no entanto, todas as informações foram encaminhadas às autoridades responsáveis. “A Anvisa segue em sua missão de proteger a saúde do cidadão”, conclui a nota. Com informações do Congresso em Foco.