O Governo do Ceará vai liberar R$ 55,2 milhões para apoio aos 184 municípios cearenses no combate às síndromes respiratórias como covid-19 e influenza. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (20 de janeiro) pelo governador Camilo Santana. O repasse será per capita, ou seja, de acordo com a população de cada município.
O valor, de acordo com o governador Camilo Santana, será distribuído de forma democrática, para que não haja nenhuma discussão, e servirá para que os municípios possam atender a população nos postos de saúde, comprar insumos, ampliar, se necessário, as equipes de saúde, comprar testes e medicamentos, apesar de o Estado estar fazendo a distribuição regular.
“São recursos extras, que não estavam previstos, mas tomamos a decisão de apoiar, fora todos os investimentos que o Estado tem feito na ampliação de leitos”, disse o governador. “Abrimos o Hospital Regional do Vale do Jaguaribe em Limoeiro do Norte, leitos de UTIs em Crateús, Tauá, Tianguá, Icó, Iguatu, Itapipoca, enfim, em vários municípios cearenses. Também compramos hospitais”, completou.
“Além de todos esses investimentos, como estamos fazendo agora mesmo abrindo enfermarias e UTIs para atender casos mais graves dessa pandemia, vamos repassar esses recursos para os 184 municípios. De forma per capita, no valor total de R$ 55.291.656,00, em parcela única, para que a gente possa apoiar os municípios no enfrentamento, principalmente na atenção básica, que é fundamental, porque quanto mais rápido o atendimento na unidade básica, mais rápida é a recuperação”, avaliou Camilo Santana.
O repasse, de acordo com o governador, será imediato. “A Secretaria da Saúde deve convocar o Conselho Estadual de Saúde para aprovar esse recurso que será repassado de fundo a fundo para cada município”. Para Fortaleza, por exemplo, serão repassados R$ 16.220.346,00; Caucaia, R$ 2.191.000,00. Vale ressaltar que o valor mínimo é de R$ 50 mil para municípios com menos de 50 mil habitantes.
Ampliação de leitos
O secretário estadual da Saúde, Marcos Gadelha, também participou do anúncio feito ao vivo nas redes sociais. O gestor apontou que o Estado tem ampliado os leitos de terapia intensiva dedicados aos pacientes que se encontram em estado mais crítico da doença. “Mas diante dessas síndromes clínicas, a gente precisa agir precocemente. Esse atendimento precoce acontece exatamente nessas unidades básicas de saúde, nas quais os municípios se queixam que estão sobrecarregadas e isso impacta na necessidade de maior quantidade de medicamentos e insumos”, observou Marcos Gadelha. Todos os leitos abertos durante a pandemia foram mantidos.