O que você faz para lidar com a ansiedade, essa angústia vivenciada por tantas pessoas? Pedro Tino costuma escrever. Primeiro são pensamentos soltos, que pouco a pouco, vão ganhando corpo até servir como abrigo. Transformados em versos, agora eles poderão ser lidos em Chuvas, tempestades, calmarias, obra de estreia do jovem escritor cearense, com lançamento marcado para 13 de abril, às 18h, na Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar – IDM.
O livro, publicado pela editora Casa de Memória, tem estilo peculiar. O autor brinca com as palavras, com os espaços em branco, com as ilustrações, e ainda consegue falar sobre assuntos complexos da juventude de forma extremamente sincera, visceral e, acima de tudo, poética.
É uma obra de poesia iluminada pelo Concretismo – movimento que incorpora a forma ao modo como as palavras são dispostas no espaço da página. Assim, cada verbo tem lugar específico, com significado bem determinado pelo autor. O projeto gráfico é do designer Eduardo Freire.
Poucas imagens compõem o trabalho. As únicas ilustrações são as capitulares – desenhadas por Mariana Massarani – e outras poucas que reforçam alguns aspectos do texto melhor ditos daquela forma. A comunhão desses aspectos deixa Pedro Tino livre para explorar as geografias irregulares, mas ainda assim corajosas, de um sentimento sem-par.
“Montei a primeira versão do livro com poemas perdidos pelo Instagram, WhatsApp e cadernos. A partir disso, comecei a cortar alguns que não via potencial, a mexer nas versões antigas para algo que gostasse mais, e o livro foi tomando forma”, explica o poeta. “De resto, fui mudando uma coisinha e outra, os gatilhos se transformaram em chuvas, as crises em tempestades e a terapia em calmaria”.
Apostando em uma conversa franca entre autor e leitor, abrindo espaço para a reflexão e o consolo, Chuvas, tempestades, calmarias deseja fazer você respirar, parar e pensar: fugir de um sentimento não vai levar a nada.
“Não vai ser fácil. Vão ter chuvas e tempestades, você vai achar que a tempestade não tem fim, mas um dia a calmaria chega. É preciso acreditar e não se entregar, aceitar que as coisas são difíceis mesmo. Por mais complicado que seja o problema, não dá para enfrentá-lo sem encará-lo. É necessário olhar para a tempestade para passar por ela; fugir não vai resolver”, divide o autor.
“Chuvas, tempestades, calmarias”, de Pedro Tino
Narrado sob a perspectiva de uma crise de ansiedade, esse livro de poemas convida o leitor a uma jornada sobre a vida, navegando entre chuvas, tempestades e calmarias, no eterno ciclo entre se perder e se reencontrar. Nessas páginas, o jovem autor discorre sobre a pior tempestade pela qual já passou. Contudo, após reencontrar sua calmaria, afirma: “jamais me esquecerei novamente, apesar de tudo, viver é divertido”.
Quem é Pedro Tino
Pedro Tino é escritor, artista e, por algum motivo, engenheiro eletricista. Durante a pandemia, percebeu que engenharia não era para ele e resolveu se dedicar a escrever e publicar seus poemas e outros trabalhos em sua página do Instagram: @aleatinidades. Este livro, fruto de uma compilação de alguns dos poemas escritos durante esse período, marca sua estreia na Literatura. Com informações da BECE.
Serviço
Lançamento do livro “Chuvas, tempestades, calmarias”, de Pedro Tino
13 de abril, 18h, na Biblioteca Pública Estadual do Ceará
(Av. Presidente Castelo Branco, 255 – Centro)