A Polícia Federal deflagrou a Operação Papili, na manhã desta quinta-feira (11/5), com o objetivo de instruir Inquérito Policial que apura suposta organização criminosa que atua adquirindo ou falsificando documentos públicos, tais como RG, CPF, e certidões de nascimento, visando a “criação de pessoas inexistentes” e a obtenção de inúmeros benefícios previdenciários ilícitos.
Dez Mandados de Busca e Apreensão expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal estão sendo cumpridos em Pindoretama, Cascavel e Itaiçaba. A operação conta com participação de 110 policiais federais.
A investigação da PF, com troca de informações com o Núcleo Regional de Inteligência – NUINT/CE, da Coordenação–Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista – CGINT, apontou indícios de que a organização criminosa investigada detém até 150 cartões magnéticos de benefícios do INSS, que são sacados mensalmente.
A investigação apontou atuação intensa dos investigados para obtenção de benefícios fraudulentos da espécie Amparo Social ao Idoso, bem como há indícios da prática de outros delitos, como ameaças e homicídios, com o intuito de acobertar e assegurar a impunidade dos crimes investigados.
O prejuízo aos cofres públicos decorrente da ação criminosa, até o momento, é de 6,6 milhões de reais e a operação Papili interrompe a atuação dos suspeitos que poderia culminar em prejuízos superiores a um bilhão de reais.
As condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, com penas de até 30 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir do material apreendido na operação Papili.
O nome da operação remete ao nome dado pelos investigados aos cartões magnéticos, que são provas das fraudes. As investigações continuam, com análise do material apreendido e fluxo financeiro dos suspeitos. Com informações da Polícia Federal