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quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Vice de Aracati, Denise Menezes, é pré-candidata do PT à Prefeitura do município

Por Equipe do Ceará Leste

A vice-prefeita de Aracati, médica Denise Menezes, disse em entrevista ao Ceará Leste que é pré-candidata do PT nas eleições municipais de 2024. Embora seja vice do prefeito Bismarck Maia, ela afirmou que não faz parte da gestão, porque “Aracati, hoje, se resume a obras e festa”. Mesmo sendo vice nas duas gestões de Bismarck, ela não acredita no apoio dele à sua candidatura à Prefeitura, até porque ela se coloca como oposição ao governo municipal.

Denise Menezes citou descasos na saúde pública como o ônibus de hemodiálise quebrado na estrada; problemas na educação como o transporte escolar no prego no meio da rua. “Então, nós acreditamos que através de políticas públicas a gente pode melhorar a vida das pessoas. Então é nesse foco que estamos colocando nosso nome à disposição do partido. Ou seja, cuidar das pessoas”.

Segundo ela, Aracati está muito aquém nos indicadores sociais, abaixo até de municípios menores, como Itaiçaba, que foi desmembrado do município e atualmente tem indicadores na educação e saúde melhores do que Aracati.

A pré-candidata entende que depois de 12 anos sendo coadjuvante, chegou a hora do PT assumir a gestão municipal, porque tem novas propostas, e o partido precisa eleger prefeitos na maioria das cidades cearenses e brasileiras. E Aracati é prioridade neste contexto porque “tem uma vice-prefeita, Aracati é grande, e agora chegou a nossa vez”.

Embora tenha colocado seu nome à disposição do partido, Denise admite que o PT tem outros nomes, como Jonas Desidoro, atual secretário executivo da Secretaria Estadual do Turismo. Ela entende que, a união do partido em torno de um nome fortalece a legenda, porque, antes quando não tinha união “a gente estava fraco”.

Atualmente, o PT tem duas lideranças em Aracati, divididas entre os Deputados Federais Zé Airton, natural da região do litoral Leste do Estado, e José Guimarães, presidente do partido e líder do governo federal na Câmara Federal, que têm alguns conflitos políticos internos. Quanto a isso, Denise entende que não tem o que se preocupar porque o “partido é uma irmandade. É diferente”.

Um dos problemas enfrentados por gestores municipais da região do litoral Leste cearense é não ter a maioria na Câmara Municipal, como é o caso de Aracati, onde dos 16 vereadores, oito são da oposição. Por isso, Denise entende “ser possível, sim, uma candidatura de oposição seja muito possível. A gente sente que as pessoas estão cansadas. Sinto nas ruas que as pessoas estão doidas para que essa gestão acabe”.

– Apesar de ser uma gestão bem avaliada, porque construiu rua, asfalto, concreto, mas é uma gestão que já chegou no teto, avalia a pré-candidata. Lembrou que há pouco tempo foi inaugurada uma praça, “mas já foram inauguradas tantas praças, e todas estas praças estão acabadas, a maioria digamos assim. Então, não anima o povo que está preocupado se tem remédio no posto, se tem médico no posto, se tem merenda escolar para os seus filhos. Infelizmente nada disso tem”.

Com relação a sua proposta de trabalho para Aracati, Denise frisou que: “quero cuidar das pessoas, quero cuidar de cada aracatiense, quero que políticas públicas não sejam negadas, quero poder saber que os pacientes não vão envelhecer cego e vão poder fazer a cirurgia de catarata, que infelizmente neste último mandato ainda não teve”. Outro ponto falho, no seu entendimento, são as filas de espera na saúde “de anos e anos por má gestão na central de regulação”.

Ao criticar a construção de obras, Denise disse que 48% da população de Aracati “não sabe hoje o que vai comer amanhã”, mas graças ao governador Elmano de Freitas, mais de mil quentinhas estão sendo distribuídas diariamente no município. “Essa é uma situação emergencial. Matar a fome do povo. Vamos trabalhar para que as pessoas tenham o que comer em casa”, reforçou.

– A gente não quer só dar comida. A gente quer saber como está a saúde, se o cartão de vacinação da criança está em dia, as notas escolares, se tem transporte. O que a gente puder fazer por cada unidade social que produz refeição será feita, concluiu.

Ao dizer que ainda há muitos invisíveis [pessoas} fora de políticas públicas, por incapacidade de gestão do município em aproveitar essas demandas dos governos federal e estadual, ela vai “garantir que todas essas políticas públicas a população de Aracati tenha acesso”. Para ela, “o poder público municipal tem de fazer o dever de casa. Não apenas fazer o dever de casa, implementar novas políticas públicas”.

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