O proprietário da Placitude, Marcos Alexandre Veiga, chegou a ser nomeado chefe de Gabinete em 2011. No cargo, a Placitude, a Mixserv e outros empreendimentos de fachada ligados a ele teriam continuado, com anuência de Washington, a fraudar licitações, desviar recursos públicos e cometer outros delitos. Para evitar a descoberta do esquema criminoso, a Placitude e a Mixserv – esta uma empresa de fachada e diretamente ligada à Placitude – eram representadas por outras pessoas, as quais se beneficiaram do esquema criminoso a partir do recebimento de pagamentos feitos por Marcos Veiga.
Os crimes também teriam sido cometidos graças à atuação de Fernando Cardoso, sócio da Placitude que representava a empresa nos contratos com a Prefeitura, e José Marques Feitosa Neto, então secretário de Infraestrutura de Caucaia, que realizou pagamentos a Mixserv, mesmo ciente de que a empresa não detinha condições para a realização das obras.
A investigação do MPCE ainda apontou que o ex-prefeito Washington Góis foi beneficiado pelo esquema criminoso ao ter recebido três casas construídas pela Placitude, avaliadas em R$ 3 milhões cada. O ex-gestor ainda teria recebido joias avaliadas em R$ 17 mil e R$ 20 mil, as quais teriam sido pagas por pessoas ligadas ao esquema criminoso. Com informações do MPCE.