A Justiça Federal em Brasília encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito em que investiga o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, depois que o Ministério Público Federal citou uma “possível interferência ilícita” de Jair Bolsonaro nas investigações que resultaram na operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro.
Para defender a remessa do caso ao Supremo, o MPF citou um arquivo de áudio de Ribeiro em que se aponta “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita” de Bolsonaro nas apurações.
– “Hoje o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento, novamente, de que podem querer atingi-lo através de mim”, disse Ribeiro a uma filha, no último dia 9 de junho.
– “Ele acha que podem querer fazer uma busca e apreensão em casa. É muito triste”, declarou o ex-ministro.
Preso preventivamente em ação da PF na quarta-feira, 22/6, para apurar suspeitas de desvio de recursos na pasta, Ribeiro foi deslocado para as dependências da PF em São Paulo – e não foi para Brasília, conforme determinação judicial. Posteriormente ele foi beneficiado por uma ordem de soltura do Tribunal Regional Federal da Primeira Região.
A investigação da PF sobre o suposto envolvimento de Ribeiro em suspeitas de corrupção e desvio de recursos públicos no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foi aberta inicialmente em março pela ministra do STF, Cármen Lúcia. Posteriormente, o caso foi remetido para a Justiça Federal após o então ministro ter sido demitido do cargo.
Fonte: Reuters e 247 Brasil.