O presidente Jair Bolsonaro protocolou no Senado, no final da tarde desta sexta-feira (20 de agosto) pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Desde a prisão de seu aliado, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, Bolsonaro ameaçava fazer o pedido de impeachment tanto de Moraes quanto de Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como mostrou o Congresso em Foco, chegou a exigir a solidariedade de todos os seus ministros, assinando em conjunto a ação. Também ameaçou ir pessoalmente entregá-lo ao Senado.
Bombeiros tentaram durante toda a semana demovê-lo da intenção. Não conseguiram, mas amenizaram a provocação. O pedido foi protocolado sem maior alarde por um funcionário do Palácio do Planalto. E foi apenas contra Alexandre de Moraes, autor da decisão que determinou a prisão de Jefferson e das determinações desta sexta contra o cantor sertanejo Sérgio Reis e o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ). O que não significa que ele eventualmente não possa ingressar também contra Barroso.
O acolhimento do pedido de impeachment e sua tramitação dependem de decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que, durante a semana, já disse considerar o pedido “não recomendável”. Congresso em Foco.