Desafios de alunos e escolas no processo de adaptação para a educação Inclusiva

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Por Flávio da Silva Santos, graduando em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú -UVA

A inclusão de pessoas com necessidades especiais na rede regular de ensino tem sido, desde longas datas, uma luta às claras de pais, e uma resistência no âmbito escolar para receber essa clientela.

Pais enfrentam o sistema educacional vigente para incluir seus filhos portadores de necessidades especiais nas atividades escolares do ensino regular na tentativa de proporcionar-lhes a garantia do direito à educação.

O sistema educacional brasileiro enfrenta diversos problemas que inviabilizam a permanência de alunos especiais na unidade escolar.

Problemas na estrutura física da escola à formação dos professores são fatores decisivos e um tanto quanto desafiador para cumprir as leis de acessibilidade e atendimento a esse público.

A elaboração do currículo escolar e, do plano político pedagógico da escola devem atender as peculiaridades dessa clientela, para tornar o ensino multidisciplinar, garantindo assim o direito do aluno com necessidades especiais a uma educação básica de qualidade.

Na atualidade, entende-se por educação inclusiva rede regular de ensino, o atendimento de pessoas portadoras de necessidades especiais, físicas ou mentais.

Neste sentido, a educação inclusiva dispõe de igualdades e oportunidades de interação social, educação afetiva e, cultural, desenvolvimento intelectual dentre outros aspectos fundamentais para a formação humana.

A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, da qual o Brasil é signatário (Decreto Federal Nº 3.956/2001), estabelece o seu Artigo I, Item 1. sobre a deficiência como “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”. Sabe-se que cada aluno com deficiência mental ou outra

tem sua particularidade e modo de agir e lidar com o conhecimento apresentado.

Esse é um desafio no qual podemos considerar uma grande resistência de professores e de outros profissionais da área em receber e desenvolver as potencialidades desse aluno. Contudo, essa resistência a aceitação dessa clientela fomentam criar barreiras entre o educador e o educando, dificultando a criação de metodologias de ensino e aprendizagem.

Outro agravante é a falta de capacitação pedagógica de profissionais para trabalhar com esse público. O conservadorismo educacional e as estruturas inadequadas das instituições educacionais contribuem para que continue a existir a promoção preconceituosa e discriminatória em relação a esses discentes. Toda essa resistência torna incapaz acontecer o processo de desenvolvimento intelectual e a inclusão social e afetivo do aluno com deficiência.

Diante dessas dificuldades é que a discussão do Atendimento Educacional Especializado torna-se tão presente e urgente a ser implantada na rede de ensino.

Sua reestruturação e capacitação profissional especializada fará toda a diferença no processo educacional de alunos com necessidades especiais, facilitando a implementação de adaptações pedagógicas para, de fato, uma educação inclusiva.

Adaptações Pedagógicas para a Educação Inclusiva

A discussão da elaboração de um currículo escolar que permita incluir alunos especiais não deve ser mais um discurso de possibilidades, considerando que já é uma realidade garantida por lei. A construção de um currículo que esteja em consonância com a lei, deve ser multidisciplinar, envolver a família, a sociedade e a escola, elencando a importância e garantindo a inclusão de alunos especiais na educação básica, bem como na vida social.

Segundo Glat (2007, p.86), “Os apoios naturais são os recursos e estratégias usadas pelo próprio sujeito com deficiência e por sua família para o seu desenvolvimento, como por exemplo, o apoio dos pais para realizar atividades domésticas. Os apoios baseados em serviços dizem respeito às estratégias e recursos usados no desenvolvimento do sujeito com deficiência por profissionais da educação, saúde e assistência social”.

O plano curricular que possibilita a inclusão deve ser elaborado de modo minucioso, adaptado às necessidades do público em questão, disponibilizando

mecanismos que atendam às conveniências peculiares desses alunos às especificidades e limites de cada aluno. É ímpar e precisa ser garantido o direito de acesso aos serviços educacionais que lhes são assegurados, fazendo parte do plano curricular da rede de ensino.

Não podemos considerar como referência de inclusão um ambiente escolar que em seu espaço físico estrutural não garanta aos alunos o livre e fácil acesso aos diversos locais da unidade educacional. Limitar à acessibilidade pode levá-los a entender que este local não é conveniente aos mesmos, e que, ainda, podem ser interpretados por outros como sujeitos incapazes de se desenvolverem físico e intelectualmente. Aí está o desafio da gestão em elaborar um plano político pedagógico da escola que contemple atender estes alunos, avaliando-os individualmente.

A ação a ser tomada neste sentido seria o acompanhamento por um profissional especifico para o aluno, e dependendo do caso, implementar um sistema de tutoria onde um aluno mais avançado em nível de aprendizagem, auxiliaria outro aluno que ainda está no processo de desenvolvimento.

O direito ao ensino e aprendizagem e as especificidades de cada aluno também devem ser consideradas na elaboração das ações pedagógicas.

Devem ser traçadas estratégias e metodologias de ensino a serem ministradas pelo professor em sala de aula de modo a mediar melhor o aluno, dando a ele a assistência necessária que necessita para seu aprendizado. Claro que há casos nos quais não serão possíveis inclui-los. Isso se dará dependendo do grau de deficiência do aluno, mas mesmo esses, têm garantido por lei a assistência educacional.

É impreterivelmente importante que o educador se especialize para atender melhor aos alunos em suas necessidades educacionais, acompanhar o aluno, estar informado sobre sua rotina escolar, o que o aluno gosta de fazer e o que ele faz bem. Assim, o educador possa, através das diversas informações sobre o aluno, trabalhar seu desempenho de modo mais eficaz.

A formação docente é um dos desafios para que esse processo de inclusão seja atendido com melhor eficácia.

Os professores que trabalham com crianças da educação inclusiva, devem ter o entendimento de como lidar com as diversas situações. Para isso é necessário à especialização em educação especial e a formação continuada. Enquanto gestão escolar, inserir no corpo docente profissionais preparados com estratégias para trabalhar alunos com necessidades especiais de diferentes especificidades.

É fundamental para que a política de inclusão aconteça como já mencionada, uma boa gestão que parte de uma eficiente elaboração curricular que atenda às necessidades do alunato, e depende de uma formação docente bem preparada e conceituada, que democraticamente atenda a pluralidade dos desafios da educação inclusiva que são as pessoas cada uma com sua necessidade em específico.

Ainda na formação acadêmica é importante o professor passar por situações técnicas, e também práticas para saber melhor trabalhar com a modalidade de educação inclusiva.

Como se sabe, a educação inclusiva é garantida no Brasil pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB.

As leis brasileiras garantem aos alunos especiais um atendimento especializado que os permita ingressar na rede regular de ensino. Garantidas por lei em sua redação, a educação especial tem que ter todo o aparato necessário para a inclusão e permanência dos alunos em sala de aula.

Esses suportes que vão desde a estruturação física até mesmo ao apoio extra de um profissional que trabalhe diretamente com aquele determinado aluno.

Dentro da política da educação inclusiva não tem como não destacar o AEE, serviço especializado em elaborar materiais pedagógicos para melhor atender esse público. Além disso, o AEE organiza espaços adequados às necessidades dos alunos possibilitando-os a oportunidade de desenvolver conhecimentos adquirindo por vez grandes avanços na qualidade de vida.

1 COMENTÁRIO

  1. E verdade deixar muito a desejar o ensino da nossas crianças e jovens. Será o futuro do Brasil muitos não tenhe seu celular digital muitas vezes não tenhe se desenvolve em notas boas. Com faço visitas domicíliares observando merenda de muito saí para escola hoje não tenhe mais isso atrapalha o crescimento e desenvolvimento deste alunos.

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