Exportações cearenses para a China crescem seis vezes em 2020, revela estudo da FIEC; Icapuí teve alta de 57,9% nas exportações

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O Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) divulgou a nova edição do estudo Ceará em Comex, apresentando o desempenho do Ceará no comércio internacional no mês de julho. Segundo o levantamento, o Ceará exportou US$ 1,12 bilhões no período de janeiro a julho, sendo US$ 168 milhões somente em julho. Já as importações somaram US$ 215,8 milhões no mês passado, o que gerou um volume de US$ 1,42 bilhões no acumulado do ano.

Os números revelam uma queda de 19,3% nas exportações no acumulado do ano ante o mesmo período do ano passado e uma redução de 34,8% em relação ao mês de julho de 2019. Os resultados das importações indicam leve alta de 2,5% no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano passado e um recuo de 25,7% comparando-se os meses de julho de 2010 e julho de 2019.

O estudo aponta que São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Fortaleza, Sobral e Maracanaú são os principais municípios exportadores do Ceará. Um dos destaques, no entanto, é o município de Icapuí, que registra uma alta de 57,9% nas exportações no acumulado do ano, somando um volume de US$ 18,7 milhões, resultado principalmente da venda de produtos da fruticultura.

Analisando os setores de maior relevância na pauta de exportações do Ceará, apesar de a maioria apresentar resultados negativos, alguns setores destacam-se positivamente. O setor de “Frutas; cascas de frutos cítricos e de melões” obteve crescimento de 8,5%, quando comparado com o mesmo período no ano anterior. Os “melões frescos” foram os principais produtos exportados da cesta de fruticultura. As exportações do setor “Minérios, escórias e cinzas”, impulsionadas pelas vendas internacionais de manganês, permanecem em ascensão. As exportações do setor cresceram 155% em 2020, atingindo o valor de US$14,7 milhões entre janeiro e junho deste ano.

Outro dado importante trazido pelo Ceará em Comex é a redução de 40,9% nas exportações para os Estados Unidos, somando apenas US$ 390,9 milhões no acumulado desse ano. O país foi responsável por comprar cerca de 34% do total vendido pelo Ceará para o exterior. Os principais produtos de interesse do país foram: aço, equipamentos para geração de energia eólica, castanha de caju e água de coco.

Em segundo lugar no ranking dos principais países de destino das exportações cearenses, a China importou o valor histórico de US$ 153 milhões (em 2019 no mesmo período a soma das exportações foi de US$ 24 milhões), impulsionado pela procura de produtos do setor siderúrgico e do setor de minérios. As exportações para o país cresceram 516,6% apenas no acumulado desse ano.

Outro país que apresenta destaque neste ano é o Canadá, com crescimento de 293,8% nas aquisições de produtos do Ceará, somando US$ 101,9 milhões. Os produtos à base de aço foram os principais produtos destinado para o parceiro.

Pela primeira vez, a Índia aparece entre os principais destinos das exportações cearenses e registrou US$ 26,7 milhões em importações do estado, o que corresponde a um crescimento de 478% nas vendas para o país. Isso aconteceu em virtude das exportações de “gás natural liquefeito” que superou o montante de US$ 25,5 milhões. O país também compra do Ceará produtos como cera de carnaúba, mica e couros.

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