Moda e inovação são temas do II Fórum da Economia Criativa

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O Fórum faz parte do Circuito Fenacce, uma série de ações gratuitas que antecede a Feira Nacional do Artesanato e Cultura (Fenacce)

Durante o último dia do II Fórum da Economia Criativa, que aconteceu nesta terça-feira (28/6), os participantes apresentaram projetos exitosos relacionados à inovação no território, no artesanato e na moda. O debate, transmitido de forma gratuita e online pelo Youtube, integra o Circuito Fenacce que antecede a Feira Nacional do Artesanato e Cultura (Fenacce), a ser realizada em setembro no Centro de Eventos do Ceará.

O terceiro painel foi mediado por Cattleya Guedes, Gestora Estadual da Economia Criativa e Artesanato do Sebrae, e trouxe como tema “Gestão do Conhecimento: Atividades Criativas que Expressam Artesanato”. Para abrir a mesa de diálogo, o consultor de negócios e inovação do Sebrae, André Lira, compartilhou experiências encontradas no sertão de Pernambuco com exemplos de pessoas que estão inovando e “que demonstram a importância da criatividade no processo de inovação territorial impactando de forma positiva o desenvolvimento das comunidades”. Para Lira, a criatividade não é atrelada apenas às artes, mas pode estar presente também no dia a dia, perpassando não só as políticas públicas, mas também a mobilização das pessoas.

E foi a partir da criatividade e da inovação que o artesão e empreendedor social, Gilmar Martins, juntamente com parceiros como Sebrae e Ceart, conseguiu transformar a tradicional atividade familiar da tecelagem em geração de emprego e renda. Localizado no município de Mucambo, na região norte do Ceará, Gilmar conta que desenvolveu o próprio negócio apesar de todos os desafios encontrados no caminho. Atualmente, a Carqueijo Artesanato emprega cerca de 40 pessoas e tem como clientes grandes empresas como Tok e Stok, Etna e Camicado, além de compradores internacionais. “Sempre participei de feiras, rodadas de negócios, estudei, procurei novas formas de trabalhar o artesanato para desenvolver a minha comunidade. Aos poucos a gente transforma as dificuldades em realizações que agregam a cultura e geram emprego”, aponta.

Na sequência, o encerramento do II Fórum de Economia Criativa ficou por conta do painel “Gestão do conhecimento: Atividades criativas que expressam Moda” mediado por Angélica Freitas, consultora do Senac na área da Moda. Precursora na conexão do design com o artesanato na moda cearense, a estilista e idealizadora da marca Sil de Deus, Silvania de Deus, que abriu portas para novos talentos, contou sua trajetória na pesquisa do trabalho da trama, do fazer à mão e das práticas da inteligência manual, assim como nos desafios diários. “O nosso fazer artesanal é tão rico, tão forte e tão potente que ele pode costurar em todas as áreas. Na hora que existe um investimento maior para que esse fazer circule, os desdobramentos são tremendos”.

A paixão por histórias de negócios locais, que “trabalhavam com a existência”, fez com que a publicitária Mariana Marques assumisse papéis que unem arte, moda, cultura, palavra e inovação, sempre tendo o artesanato como fio condutor. “Eu queria entender como a publicidade poderia atuar de forma mais íntima naqueles negócios”. E a partir da comunicação surgiram projetos exitosos como a parceria com a empresária Celina Hissa, na marca Catarina Mina; a empresa de rede Pana Têxtil; e a feira de empreendedorismo social e de economia criativa, Auê. ”O meu objetivo de vida é fazer com que a Feira cresça e possa hastear a bandeira da criatividade cearense. Hoje já temos um público de mais de 5 mil pessoas circulando em 14 horas de evento e movimentando meio milhão de reais. Eu vejo isso com muito entusiasmo”.

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