Partindo da premissa de que “o que não está escrito, não está no mundo”, procuramos perenizar, através destes escritos, nossa memória, nossas lembranças e vivências desses 34 anos de história da Escola de Samba Bagaceira.
Com este enunciado, Francisco José Felipe de Souza, o professor Felipe, abre a apresentação do livro Escola de Samba Bagaceira – um desfile pela avenida da memória (SL Editora), obra em que ele procura mostrar, de forma fidedigna, por meio de textos, imagens fotográficas e outros registros, toda a trajetória de vida daquela que foi a grande escola de samba de todos os tempos da cidade de Cascavel.
Para o autor, a obra representa mais do que lembranças, ao oferecer informações que servem de acervo histórico para as futuras gerações. Trata-se de um apanhado de informações e relatos por quem viveu e participou dessa agremiação carnavalesca que arrancou aplausos dos filhos e visitantes de Cascavel que por aqui passaram, durante o período momino, quando da apresentação dos desfiles da escola de samba Bagaceira.
O livro, prefaciado pelo memorialista Kyko Barros, reúne, em 192 páginas, relatos sobre as origens e a história da Bagaceira: histórico dos sambas-enredo, galeria de presidentes, o incansável trabalho nos barracões e os carros alegóricos monumentais, os talentosos carnavalescos e a produção no atelier, entre muitos outros tópicos que registram a trajetória brilhante dessa agremiação carnavalesca.
“Cada capítulo do livro é uma imersão nessa viagem formada por diversas estações que guardam as origens e a história da Bagaceira. Imagens evocativas de pessoas, lugares e eventos que costuram esse relato notável e emoldurado por um conjunto de elementos narrativos que se abraçam em harmonia e se entregam ao leitor com a graciosidade da porta-bandeira que se rende ao cortejo do mestre-sala”, argumenta Kyko Barros.
Mas não fica só nisso: a obra traz também registros das ações socioculturais desenvolvidas pela Bagaceira no seu berço de nascimento, a comunidade Nossa Senhora do Ó. A agremiação Bagaceira sempre presente nas festividades, quer do carnaval, quer nas festas como das mães, dos pais, das crianças, juninas ou natalinas. Foram tantos os eventos promovidos e realizados com um olhar, também, voltado para as questões sociais e beneficentes.
“Falar da Bagaceira é falar da cultura, da arte e do carnaval de rua de Cascavel. É falar de uma história de mais de três décadas de existência. É falar de algo que o povo cascavelense conhece e que o enche de orgulho”, avalia Felipe. Ele ressalta tratar-se de um legado que torna ainda mais rica a história cultural desse município, uma história que jamais poderia morrer com o tempo, dado o envolvimento de seu povo nesse histórico de acontecimentos.
Assim, com o intuito de tornar vivo no mundo e nos anais da história dessa cidade nasceu o livro Escola de Samba Bagaceira – um desfile pela avenida da memória. “A história da Bagaceira ganhou registro em livro com o intuito de deixar vivo em nossas memórias e na memória das futuras gerações esse legado, esse acervo cultural. Uma história vivida e contada por muitos, apreciada por vários e ouvida por tantos outros. Uma história cujos personagens são incontáveis. Uma história que fica na história de nossa querida cidade de Cascavel no Ceará”, enfatiza o autor.
A data do lançamento ainda não está definida.