Por Ricardo Oliveira Ruiz*, especial para o Ceará Leste
Lançado na terça-feira (18/06) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o “Atlas da Violência 2024” e o “Atlas da Violência 2024: Retrato dos Municípios Brasileiros” aborda a situação de homicídios estimados nos Estados, Distrito Federal e nos 5.570 municípios brasileiros, referente ao 2022.
No Atlas, os registros oficiais da violência contra crianças, adolescentes, jovens, mulheres, homens, negros e negras, indígenas, pessoas idosas, pessoas com deficiência e população LGBTQIAPN+. Ademais, o Atlas trata da questão de suicídios, armas de fogo, drogas e o custo financeiro envolvido na política de segurança pública desses entes federativos.
Os homicídios estimados são a soma dos homicídios registrados com os homicídios ocultos. Os homicídios registrados são coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde; os ocultos são óbitos classificados no SIM/MS como mortes violentas com causa indeterminada (homicídios, suicídios ou mortes causadas por acidentes).
Os municípios são classificados de conformidade com a população (Censo Demográfico 2022/IBGE): Pequeno com até 100 mil habitantes (5.251 cidades); Médio entre 100 e 500 mil habitantes (278 cidades) e Grande com mais de 500 mil habitantes (41 cidades).
No Estado do Ceará, sete municípios estão entre os 166 que acumularam 50% de homicídios estimados (com número, percentual e taxa de homicídios por 100 mil habitantes).
A cidade de Fortaleza (2.428.708 habitantes) ocupa a 5ª posição com 1.101 homicídios estimados (número absoluto); Caucaia (355.679 habitantes), a 27ª com 200; Maracanaú (234.509 habitantes), a 46ª com 136; Sobral (203.023 habitantes), a 62ª com 98; Juazeiro do Norte (256.120 habitantes), a 80ª com 85; e Tianguá (81.506 habitantes), a 153ª com 53.
O município de Aquiraz (80.645 habitantes), na costa leste cearense, ocupa o 94º lugar com 77 homicídios estimados (número absoluto); 41,7% de homicídios estimados (acumulado); e 95,5% de taxa de homicídios estimados por 100 mil habitantes.
A coordenação do “Atlas da Violência 2024: Retrato dos Municípios Brasileiro” ficou a cargo de Daniel Cerqueira e Samira Bueno e mais a Bárbara Caballero, Gabriel de Oliveira Accioly Lins e Karolina Chacon Armstrong.
*Ricardo Oliveira Ruiz, é professor aposentado do Instituto Federal do Ceará e colaborador do Ceará Leste. Com a colaboração de Augusto Brandão, jornalista.