Domingo é Dia de Combate à Meningite e de reforçar a importância da vacinação

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A vacinação protege contra o tipo mais grave da meningite, causada por bactéria - Foto: Eviázio Bezerra

Estar atento aos sinais e sintomas ocorridos no corpo humano pode facilitar o diagnóstico e direcionar tratamento adequado em busca de solução para os mais diversos problemas de saúde. No próximo domingo, 24 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Meningite, momento importante para debater sobre as formas de prevenção da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação protege contra o tipo mais grave da meningite, causada por bactéria, e é a forma mais eficaz de controle da doença que registrou mais de 24 mil casos nos últimos 13 anos no Brasil, segundo dados de 2021. São mais de 5 milhões de pessoas afetadas anualmente; a cada dez pacientes, um morre em decorrência da doença e outros dois ficam com sequelas. As meningites são consideradas um grave problema de saúde pública pelo potencial de transmissão, patogenicidade e relevância social.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Vilani Matos, evidencia que a meningite é um processo inflamatório das membranas que recobrem o cérebro e que pode ser causada por vários agentes como vírus, bactérias, fungos e protozoários.

A coordenadora alerta que os sintomas mais comuns da doença são: febre, vômito, dor de cabeça intensa, dor e rigidez na nuca, e nas crianças esses sintomas podem não estar presentes. “No caso dos bebês a meningite pode apresentar irritabilidade, choro persistente e recusa alimentar”, alertou.

As meningites virais costumam ser mais leves e atingem mais as crianças, mas têm grande potencial de causar surtos. Já as meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente, para evitar sequelas ou morte, informa o Ministério.

A patologia pode ocorrer tanto por contato direto de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas contaminadas ou por indivíduos que não apresentem sintomas, mas que transmitem a meningite.

Vilani Matos reforça ainda que a forma mais eficaz de proteção à meningite é a vacina, por isso é preciso manter o cartão de vacinação atualizado. “A vacinação é a forma mais eficaz de se proteger contra a meningite. A vacina deve ser administrada sempre de acordo com o calendário vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde. No Ceará, por exemplo, o imunizante está disponível em todos os postos de saúde dos 184 municípios do Estado”, disse.

A adoção de hábitos de higiene como lavar as mãos, distanciamento social, principalmente em casos de presença de sintomas, são medidas que colaboram na prevenção da doença. Já em casos suspeitos, é preciso procurar a Unidade de Saúde mais próxima da residência.

“Após a primeira avaliação na unidade de saúde e identificada a suspeita, o paciente será encaminhado para uma unidade de referência. O tratamento é realizado com antibióticos específicos para cada tipo de agente causador da meningite”, declarou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).Fonte: SESA

A rede pública de saúde oferece vacina contra as formas de meningite. Confira:

Meningite tipo C (a proteção está contida na vacina Meningo C):
– para crianças (1ª dose aos 3 meses; 2ª dose aos 5 meses; e reforço entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias);
– para adolescentes entre 12 e 13 anos – 1 dose.

Meningite por pneumococo (a proteção está contida na vacina Pneumo 10):
– para crianças (1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses; e reforço entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias).

Meningite por Haemophilus influenzae (a proteção está contida na vacina Pentavalente):
– para crianças (1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses; e 3ª dose aos 6 meses).

Meningite tuberculosa (a vacina BCG protege contra a meningite tuberculosa):
– para crianças, ao nascer.