Participação do interior no PIB cearense cresce e da RMF cai

0
17
O estudo é referente ao período de 2020, em comparação ao ano anterior Foto: Casa Civil

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) ainda concentra a maior parte da produção econômica do Ceará, muito embora sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) tenha diminuído. Em 2019, a RMF foi responsável por R$ 103,29 bilhões, o equivalente a 63,15% do Produto Interno Bruto cearense, de R$ 163,57 bilhões. Em 2020, o total caiu para R$ 103,09 bilhões, o equivalente a 61,77% do PIB geral do estado, de R$ 166,91 bilhões. Na mesma comparação, o Interior, em 2019, respondia por R$ 60,27 bilhões (36,85%) e em 2020 por R$ 63,81 bilhões (38,23%).

Em 2002, a RMF tinha uma participação de 64,48% do PIB do Ceará e o Interior R$ 35,52%. Em 2010, houve uma elevação, quando a RMF passou para 65,45% e o Interior caiu para 34,55%. Nos anos de 2019 e 2020, a participação do Interior subiu e a da RMF caiu. Os dados estão no trabalho do Produto Interno Bruto Municipal (No 07 – Agosto/2023) – PIB dos Municípios do Ceará – regiões de Planejamento-2020, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece)

De acordo com o estudo, é possível observar historicamente uma perda de participação, em 2020, 1,38% com relação ao ano de 2019. “Esta perda recente é explicada, em grande parte, pelos efeitos negativos causados pelas restrições sanitárias relativas à pandemia da Covid-19, afetando negativamente grande parte das atividades econômicas pertencentes aos setores dos serviços e indústria, no qual apresentam grande concentração nos municípios pertencentes a RMF”. Ainda assim, sem os efeitos da pandemia da Covid-19, a RMF registrou perdas de 1,33% e 2,3% no ano de 2019 em comparação com os anos de 2002 e 2010, respectivamente.

O trabalho revela que, no que se refere à análise dos dados do PIB do Ceará entre as Regiões de Planejamento, foi verificado que 74,28% de tudo que foi produzido no Ceará em 2020 estão concentrados nas seguintes regiões de Planejamento: Grande Fortaleza (61,77%), Cariri (8,16%) e Sertão de Sobral (4,35%). O estudo, realizado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec), que tem como diretor Ricardo Antônio de Castro Pereira, foi elaborado pelos analistas de Políticas Públicas Daniel Suliano; Alexsandre Cavalcante; Cleyber Medeiros; Nicolino Trompieri Neto; Paulo Pontes e Witalo Paiva, e por Ana Cristina Lima Maia, assessora Técnica. Com informações do Ipece.