Prejuízos parciais com desastre no Rio Grande do Sul chegam a R$ 6,3 bilhões

0
7
A tragédia já soma 100 mortes confirmadas, de acordo com os dados coletados até as 14h desta quarta-feira, 9/5 - Foto: Ricardo Stuckert/PR.
A tragédia já soma 100 mortes confirmadas, de acordo com os dados coletados até as 14h desta quarta-feira, 9/5 - Foto: Ricardo Stuckert/PR.

Os municípios do Rio Grande do Sul afetados pelos temporais no Estado desde o fim de abril já contabilizam R$ 6,3 bilhões de prejuízos financeiros, sendo o maior montante, de R$ 3,4 bilhões, referente aos danos em habitações. Até o momento, foram registrados impactos em 61,4 mil habitações, das quais 55,2 estão danificadas e 6,2 mil destruídas. A Confederação Nacional de Municípios (CNM), que acompanha diariamente a situação, reforça que os dados são parciais, uma vez que as gestões locais enfrentam dificuldades de inserir as informações nos sistemas.

A tragédia já soma 100 mortes confirmadas, de acordo com os dados coletados até as 14h desta quarta-feira, 9/5. Os boletins organizados pela entidade representativa são publicados diariamente.

1. CONTEXTO

  • Desde o dia 29 abril, as tempestades estão assolando o Estado do Rio Grande do Sul, causando mais de R$ 6,3 bilhões em prejuízos financeiros.
  • São 417 municípios afetados, segundo a Defesa Civil Estadual. Destes, 336 municípios foram reconhecidos pelos governos estadual e federal em Estado de Calamidade Pública, por rito sumário, dos quais 203 registraram os decretos no S2iD. A CNM destaca que a maioria dos municípios que registraram seus decretos de anormalidade no S2iD, do MIDR, começaram a informar os valores dos danos e prejuízos, uma vez que em algumas localidades os níveis da água já começaram a baixar.

2. PREJUÍZOS ECONÔMICOS

  • O total de R$ 6,3 bilhões em prejuízos foi informado pelos Municípios, mas são parciais e estão sendo alterados pelos gestores locais à medida que o nível da água continue a baixar. Desse total, tem-se que R$ 1,9 bilhão são no setor público, R$ 1 bilhão no setor privado e a maioria dos prejuízos, por enquanto, referem-se ao setor habitacional, com R$ 3,4 bilhões, sendo 61,4 mil casas danificadas ou destruídas . A CNM reitera que os dados são parciais, informados pelos gestores municipais e estão sendo atualizados à medida que mais Municípios preenchem as informações no S2iD. Por isso, os valores sofrem constantes alterações para mais ou menos à medida que as verificações em campo se intensificam.

2.1. Impacto nas Habitações:

  • Danificadas: 55,2 mil
  • Destruídas:  6,2 mil
  • Total unidades habitacionais: 61,4 mil
  • Prejuízos na habitação: R$ 3,4 bilhões

2.2. Principais setores privados afetados:

  • Agricultura: R$ 594,6 milhões em prejuízos;
  • Pecuária: R$ 147,7 milhões em prejuízos;
  • Indústria: R$ 183,3 milhões em prejuízos;
  • Comércios locais: R$ 38,5 milhões em prejuízos;
  • Demais serviços: R$ 58,2 milhões.

2.3. Principais setores públicos afetados:

  • Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras): R$ 351 milhões em prejuízos;
  • Obras de infraestrutura (pontes, estradas, calçamento, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,4 bilhão em prejuízos;
  • Sistema de transportes: R$ 39,8 milhões em prejuízos;
  • Assistência médica emergencial: R$ 7,4 milhões em prejuízos;
  • Sistema de esgotamento sanitário: R$ 11,6 milhões em prejuízos;
  • Limpeza Urbana e remoção de escombros: R$ 33,2 milhões em prejuízos;
  • Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 4,4 milhões em prejuízos;
  • Sistema de ensino: R$ 2,9 milhões em prejuízos;
  • Abastecimento de água: R$ 10,5 milhões em prejuízos;

DANOS HUMANOS – RIO GRANDE DO SUL

  • 100 mortos;
  • 212 desaparecidos;
  • 66,7 mil desabrigados;
  • 297,5 mil desalojados;
  • 1488 feridos e enfermos;
  • 1,4 milhão de gaúchos afetados.

Todos os dados são parciais, sendo que os prejuízos foram extraídos do S2iD, Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do MIDR, bem como os danos humanos de desalojados, desaparecidos, enfermos e feridos. Os demais dados de danos humanos foram extraídos da Defesa Civil Estadual do Rio Grande do Sul. Por isso, os valores sofrem constantes alterações para mais ou menos à medida que as verificações em campo se intensificam. Com informações da Agência da CNM.