A campanha de Caetano, candidato à Prefeitura de Aracati, e do vice, Falcão, reuniu especialistas, em maio passado, para elaborar seu plano de governo. Participaram da elaboração ativistas, funcionários públicos, gestores e profissionais de todas as áreas: saúde, meio ambiente, educação, segurança pública, cultura, esporte e lazer, artes, desenvolvimento social, entre outros. O plano está disponível nas mídias socais dos candidatos.
Os participantes foram divididos em grupos de trabalho que fizeram uma leitura dos problemas enfrentados pela população do município, particularmente nos últimos anos. Segundo o diagnóstico dos grupos de trabalho, há pouco mais de sete anos, “temos uma cidade que ignora todas as questões que envolvem atenção, cuidado e pessoas. Os salários da administração são baixíssimos, as condições de trabalho seguem o mesmo padrão, e a cidade precisa resgatar a sua função social.”
De acordo com a avaliação do grupo “pacientes crônicos não tem transporte de qualidade, faltam medicamentos em todos os postos de saúde”, bem como não há Casa de Apoio em Fortaleza, nem atendimento de médicos especialistas.
Com relação à educação, relata que “não há escolas nota dez, a merenda é de péssima qualidade e as mães mandam marmita para os alunos da rede pública municipal, não há transporte para os universitários, não há atendimento pra pacientes com autismo, entre tantas outras medidas.” Todas essas questões estão contempladas no plano de governo, além da atenção com o transporte público, manutenção das obras realizadas. Descreve o documento que Aracati recebeu “dezenas de intervenções, mas todas de péssima qualidade” dando como exemplo “uma escola que foi inaugurada há dois anos já é depósito de lixo e material escolar deteriorado”.
O foco da campanha, conforme o documento, será “o cuidado com as pessoas”. No entendimento de Caetano, Aracati “está sendo usada como trampolim político e financeiro de um grupo. Obras superfaturadas e de péssima qualidade estão consumindo 100% dos recursos. Não há médicos em quantidade suficiente, não há dentistas, o NAEI foi inaugurado, mas não há profissionais para trabalhar, creches foram abertas mas não funcionam em tempo integral por falta de equipe, e a prefeitura faz o possível e o impossível para não ter nenhum tipo de custo fixo para poder fazer obras de prioridade e qualidade absolutamente desvirtuadas.”
O plano faz críticas sobre o funcionamento do Instituto de Qualidade do Meio Ambiente do Aracati (Iquama) que exige o pagamento de taxas e alvarás impagáveis caso as pessoas queiram fazer interferências em suas casas e em seus pontos comércios, bem como para obter o alvará precisa quitar o IPTU. Essa postura da atual gestão está acabando “com o turismo em Canoa Quebrada, e o desemprego está nas alturas.”
