Investimentos de Corporate Venture Capital ganham força no país

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Ganha força no Brasil e no mundo uma modalidade de aporte em startups realizada diretamente, e de forma exclusiva, por grandes empresas. Diferentemente dos investimentos de Venture Capital, que podem ser realizados por anjos, family offices e outros fundos, as inversões financeiras de Corporate Venture Capital (CVC) tem por origem os fundos corporativos. 

Em 2021, de acordo com dados do relatório State of CVC, da plataforma americana de inteligência de mercado CB Insights, os investimentos globais de Corporate Venture Capital cresceram 142% sobre o ano anterior, atingindo a marca de US$ 169 bilhões (o equivalente a R$ 870,5 bi). Os fundos de corporação, além disso, já representam 26% de todos os investimentos em startups feitos, de acordo com dados do Pitchbook.

Em âmbito nacional, o crescimento dos investimentos realizados por CVCs pode ser conferido ano a ano, indo de nove investidoras desse tipo de segmento, em 2015, para 73 em 2021, segundo levantamento da consultoria Bain & Company – a previsão para este ano de 2022 é de que o total de fundos corporativos ultrapasse a casa de uma centena.

“O interesse e envolvimento em CVC tem crescido de maneira acelerada no Brasil”, afirma Peter Seiffert, fundador e CEO da Valetec, gestora de fundos de investimento em participações especializada em CVC. Para o executivo, este crescimento é impulsionado principalmente pelos setores de serviços financeiros e varejo. 

Seiffert afirmou que os CVCs apostam em negócios classificados por ele como “portadores de futuro”, ou seja, empreendimentos que propõem novos modelos de negócios, produtos e serviços. 

“Você está investindo em participação em uma startup como se fosse a compra de uma opção real. Está investindo em um negócio que pode ser bem-sucedido no futuro, ser portador de futuro. Mas não se sabe se será bem sucedido, isso é uma grande incerteza e um risco gerenciado”, disse. “O CVC vem para mudar o comportamento da corporação; de vítima da disrupção para protagonista”, completou.

O aporte direto de investimentos em startups por parte de grandes corporações pode ser feito por meio de fundos de investimento ou pela compra direta de parte do capital acionário da startup via balanço ou holding de participações.

Nestes casos, a startup tem a vantagem de receber grandes volumes de dinheiro para acelerar seu crescimento com contratações, compra de ativos, desenvolvimento de produtos e tudo o que for necessário para expandir o negócio. 

Os principais objetivos destes investimentos são o retorno econômico e estratégico,a implementação de novas soluções e tecnologias, a criação de uma maior vantagem competitiva no setor de atuação e o aperfeiçoamento da cultura corporativa da empresa. 

Para saber mais, basta acessar: www.valetec.com.br