O deputado estadual Acrísio Sena (PT), vice-presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa, requereu à Secretaria da Cultura do Estado providências com vistas ao tombamento do “Casarão de Água Verde”, localizado no município de Guaiúba, região do Maçico de Baturité. “É o reconhecimento da importância histórica, artística e cultural daquele imóvel, além de ser uma forma adequada de preservá-lo, impedindo sua destruição ou descaracterização, contendo a deterioração de sua estrutura”, explica o parlamentar.
O monumento é objeto da curiosidade dos que trafegam na CE-060. O casarão centenário foi construído no século XIX, de estilo neocolonial, mas, ao longo do tempo, sofreu modificações em relação à sua construção original, que é ampla e espaçosa, com dois pavimentos e com vista para o Maciço de Baturité.
O imóvel atende às condições para ser submetido ao processo de tombamento, notadamente por suas características, estilo e importância cultural e sua integração com o meio ambiente.
“O casarão foi construído no Século XIX, de estilo neocolonial, mas que ao longo do tempo sofreu modificações em relação a sua construção original. É bem ampla e espaçosa com dois pavimentos com vista para o Maciço de Baturité.
No alto pode-se observar uma grande cruz. Formada em dois pavimentos. No primeiro piso, as divisões são bem definidas: salas, quartos, cozinha, etc. Já no segundo piso é possível encontrar uma infinidade de portas, janelas e corredores curtos e baixos com pequenas aberturas para passagem da luz e de ar; portas e tetos são tão baixos que pessoas só têm acesso se agachados.
A residência pertencia à família do senhor Durval, o primeiro dono que era de família tradicional. Depois de sua morte os seus parentes tomaram de conta. Naquela época costumava-se enterrar os seus parentes no terreno. Era costume de muitas famílias poderosas desse período, criar um cemitério particular próximo da própria casa.
Alguns relatam que no casarão havia uma senzala nas proximidades, mas não se tem um estudo que comprove o fato. Muitos associam a possível existência de uma senzala no local, devido a proximidade da cidade de Redenção, onde muitos historiadores apontam como sendo a primeira cidade do Brasil a alforriar seus escravos, quatro anos antes da Lei Áurea (1888).
Segundo relatos locais, o seu último proprietário faleceu no local, e desde então o casarão ficou abandonado por muitos anos. Há relatos de pessoas que testemunharam eventos paranormais na casa.
Gritos, lamentos, vozes, sussurros, choros de crianças, gargalhadas assustadoras; portas batem, janelas fecham, luzes se apagam e correntes se arrastam. É o relato daqueles que conseguiram por pouco tempo permanecer na casa.
Há depoimentos de quem morou por lá e diz que os “fatos sobrenaturais” ocorridos realmente são verdadeiros e que ocorrem sempre à meia-noite, meio-dia e às 18:00 horas.
Em 2013-2014 devido a duplicação da 060-CE o Governo do Estado do Ceará, teve que fazer um desvio, deixando o casarão no meio, entre as vias, preservando-a. Dizem algumas pessoas da comunidade que os engenheiros foram atormentados em sonhos para que não demolisse o casarão.” (Trechos da pesquisa em http://arturricardo-historiador.blogspot.com/2015/11/casarao-mal-assombrado-de-agua-verde.html).
Não querem preservar a Memória do Ceará.