Projeto Follow-up busca detectar sintomas, sequelas e complicações pós-covid

0
95
O estudo tem por base o banco de dados desenvolvido pela Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues - Foto: Governo do Ceará

Está em andamento no Ceará o projeto “Follow-up” que busca detectar vestígios sintomatológicos relacionados a sequelas e complicações da covid-19 no pós-internamento. Esse estudo faz parte do esforço mundial para detectar as causas do contágio, os sintomas mais comuns e a melhor forma de proteger a população por meio das vacinas.

O estudo tem por base o banco de dados desenvolvido pela Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), através do projeto ResCOVID. Os dados apresentam registros eletrônicos de pacientes hospitalizados com síndrome respiratória, que foram reunidos pelas equipes da Gerência de Pesquisa em Saúde (Gepes) ESP/CE.

O ResCOVID já possui cerca de seis mil inscritos, com informações sociodemográficas e clínicas, sintomas iniciais, desfechos da doença e hábitos dos entrevistados. Esse material tem sido oferecido como subsídio para a comunidade científica e auxiliado a gestão estadual da Saúde.

As avaliações levadas ao público mostraram a evolução clínica de pacientes acometidos pela covid-19 nos hospitais estaduais cearenses. Com o Follow-up o objetivo é detectar vestígios sintomatológicos relacionados a sequelas e complicações da doença no pós-internamento, a partir de entrevistas realizadas via telefone.

O gerente da Gepes, Jadson Franco ressalta que o estudo vem contribuindo bastante com as políticas de assistência à saúde. Observa que por abranger pacientes de todo o Estado, há uma dimensão maior sobre quais pontos podem ser trabalhados para amenizar as sequelas que a doença causas, “ainda estamos conhecendo a doença e suas sequelas, portanto quanto mais dados tivermos mais conclusões poderemos obter para seu combate”, diz.

A pesquisa inclui pessoas, que tiveram a identidade preservada, que ficaram internadas em seis unidades de saúde da Rede Sesa, que são: o Hospital Leonardo da Vinci (Helv), São José (HSJ), HGF e os regionais do Cariri, do Norte e do Sertão Central (HRSC).

No Hospital Leonardo da Vinci, por exemplo, a amostra conta com 470 pacientes, sendo 275 da primeira onda e 195 da segunda onda. A sequela mais citada foi a fadiga/cansaço, sendo que na primeira onda 27,3% relataram esse sintoma e na segunda 40%. Em seguida, vem a alopecia, ou queda de cabelo e em terceiro lugar a falta de ar.

Com relação ao aspecto da saúde mental, cinco problemas foram citados com mais frequência, ou seja: ansiedade, insônia, angústia, alteração cognitivo-comportamental e medo de morrer. No ano passado, a ansiedade e a insônia afetaram 60% dos pacientes, após o internamento. Fonte: Câmara Municipal de Fortaleza-CE.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here