Legislativo promove seminário virtual de conscientização sobre o meio ambiente

0
89
WhatsApp Image    at

Por iniciativa da Comissão do Meio Ambiente, através da solicitação do seu vice-presidente, Gabriel Aguiar (PSOL), a Câmara Municipal de Fortaleza, realizou de forma remota, na tarde desta segunda-feira, 7 de junho, Seminário em alusão ao Dia do Meio Ambiente, como forma de promover maior visibilidade à relevante causa ambiental de Fortaleza.

O Seminário foi dividido nos eixos temáticos: Ecoturismo apresentado pelo doutorando Tiago Castro, Fauna de Fortaleza ministrado pelo doutor Hugo Fernandes e por último drenagem urbana debatido pelo doutor Pedro Medeiros.

A apresentação de Tiago Castro evidenciou o potencial do Ecoturismo na cidade, já que é o 3º maior motivador das atividades turísticas em Fortaleza. Dados da Setur de 2013 apontam que 93% dos turistas que procuram a cidade de Fortaleza são motivados pelo turismo de aventura, ecoturismo e turismo de esportes

Mas o que de fato é o Ecoturismo? Conforme Tiago são atividades turísticas realizadas em contato ou imersão em ambientes repletos de recursos naturais e com o mínimo impacto, citando por exemplo o mergulho, as trilhas nos parques, os acampamentos, o plantio de mudas nativas, a observação da fauna e até mesmo a visita a comunidades tradicionais.

Essas atividades podem ser realizadas nos parque urbanos da cidade. De acordo com Castro, hoje há 25 parque urbanos regulamentados no município e alguns deles têm grande potencial turístico. São eles: Parque Estadual Marinho da Pedra de Risco do Meio; Parque do Cocó; Parque Adahil Barreto, Parque das Dunas de Sabiaguaba; Floresta do Curió; Parque Urbano do sítio Tunga e o Horto e Zoológico Municipal.

Tiago finalizou sua apresentação ressaltando a importância do Ecoturismo até mesmo para a economia e defendeu maiores investimentos e políticas públicas na área. “Diante de um sistema de geração de lucro e valor, o uso turístico de um ecossistema equilibrado torna-se a estratégia mais sustentável e inteligente”, apontou.

A segunda apresentação no Seminário, feita pelo professor doutor Hugo Fernandes demonstrou a riqueza da fauna fortalezense e a importância de iniciativas tanto do ponto de vista econômico como pelo Poder Público.

“A gente fala de animais, que muita gente nem sonha que tem no ambiente urbano. Aqui dentro de Fortaleza, mas precisamente na região de Sabiaguaba existe gato do mato, leopardo. Animais de médio e grande porte como raposa, guaxinim, tatus, gambás, dezenas de espécies de répteis como cobras e serpentes, dezenas de anfíbios. Se formos para a marinha temos tubarão, peixes. E as aves, nós temos mais de 200 espécies na cidade”, relata.

Dentre as iniciativas que poderiam ser exploradas do ponto de vista econômico seria o Birdwatching, que consiste em observar as aves em seu habitat natural. Conforme Hugo, essa atividade movimenta cerca de 1,4 bilhões de dólares no mundo.

O professor encerrou sua fala agradecendo o convite e destacando que o espaço de diálogo direto entre a Câmara e a academia é fundamental para a construção de políticas públicas mais efetivas, baseadas na ciência.

A última apresentação abordou o papel dos ecossistemas na drenagem urbana de Fortaleza. Um dos pontos debatidos pelo doutor Pedro Medeiros, foram os fatores que levam a cidade a ter uma grande frequência de alagamentos.

Segundo o professor, a ocupação urbana de espaços como lagoas, mananciais naturais e o aterro dessas áreas levam a água a buscar outro espaço. O sistema de canalização usado também é outro fator que influencia, já que ele serve apenas como solução provisória, porém costuma ser usado a longo prazo e isso intensifica o problema em grande escala.

Ele aponta que medidas estruturais como o armazenamento temporário das águas pluviais através de reservatórios são mais definitivas e sustentáveis e que os sistemas construídos baseados em reproduzir o comportamento natural acabam sendo mais eficientes no processo de drenagem, mas pondera que esse movimento ainda não está acontecendo no Brasil.

Finalizando a sua fala, o professor defendeu a mudança da concepção de sistema e a sua migração na cidade a fim de que possa se reproduzir as condições naturais. Porto Alegre e São Paulo são cidades que já estão mudando a concepção do seus sistemas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here