Representantes cearenses participam de conferência da ONU

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A Conferência Oceânica será coordenada pelos governos de Portugal e do Quênia - Foto: Envato Elements.

A cidade de Lisboa, metrópole pioneira na jornada das navegações no final do século XV está sediando, entre os dias 27 de junho e 1º de julho, a segunda Conferência Oceânica, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), coordenada pelos governos de Portugal e do Quênia.

A Conferência busca fortalecer os esforços globais para mobilizar, criar e promover soluções que permitam alcançar até o ano 2030 os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Aproximadamente 12 mil pessoas, dentre as quais, chefes de estado, estão se reunindo nas instalações que abrigaram em 1998 a Exposição Mundial, à beira do Rio Tejo, para divulgar, segundo o Secretário geral da ONU, o português Antônio Guterres, “uma série de soluções inovadoras de base científica, destinadas a lançar um novo capítulo na ação global para os oceanos”.

Uma delegação cearense composta por gestores públicos, cientistas e sociedade civil tomou parte da Conferência envolvendo-se no debate global em torno da governança dos espaços costeiros e marinhos, ciência oceânica e economia marítima.

Além disso, o Governo do Estado do Ceará apresentou, a convite da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), os avanços no estado associados à economia do mar, conservação e uso sustentável dos recursos marinhos e territórios costeiros. O Ceará levou para a Conferência Oceânica um conjunto de iniciativas precursoras a nível federativo no Brasil.

Como o Fortaleza 2040 de iniciativa da Prefeitura de Fortaleza; o Ceará 2050 do Governo Estadual e o Rotas Estratégicas da Economia do Mar, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Juntos, tratam de forma concentrada medidas destinadas para os 572 Km de linha costeira e os 249 mil km 2 de espaço marinho do Ceará.

No âmbito da gestão pública, destaca-se a participação do Secretário de Regionalização e Modernização, Célio Fernando Melo e também do Secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno que explica sobre a importância da preservação do ambiente marinho.

“Os oceanos representam 70% do planeta e são responsáveis por metade da produção de oxigênio. Precisamos acelerar as políticas de proteção da biodiversidade marinha e a despoluição dos mares. Há uma expectativa de que nos próximos anos, caso não haja uma mudança radical, exista mais plástico do que peixes no oceano. No entanto, há boas experiências acontecendo inclusive no estado do Ceará, que considero o mais avançado do Brasil no planejamento espacial marítimo”, disse Artur Bruno , secretário do Meio Ambiente do Ceará.

O Ceará apresentou na Conferência o Programa Cientista Chefe de Meio Ambiente, que congrega projetos, produtos e políticas públicas relacionadas aos temas abordados na Conferência.

Alguns exemplos são: Observatório Costeiro e Marinho do Ceará, Atlas Digital Costeiro e Marinho do Ceará, Plataforma Estadual de Dados Espaciais Ambientais – PEDEA, Planejamento Espacial Marinho [PEM] do Ceará e a Política Estadual de Conservação e o Uso Sustentável dos Recursos do Mar, entre outros.

Segundo afirma Luís Ernesto Arruda, cientista-chefe em Meio Ambiente: “a Conferência será uma oportunidade ímpar para divulgação e aprimoramento de ações de ciência e inovação que estão em desenvolvimento no Ceará, talvez um dos mais avançados no tema entre os 17 estados costeiros do país”, avalia.

Outras duas articulações importantes da sociedade civil que estão fazendo parte da Conferência são a Câmara Setorial de Economia do Mar da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (ADECE), presidida por Alberto Gradvohl, que é também líder setorial na FIEC, e o Instituto Winds for Future, presidido por Rômulo Alexandre Soares que explica:

“A Conferência deste ano afirma categoricamente a necessidade de se colocar a ciência à frente da discussão da crise climática, seus impactos sobre os oceanos e, por sua vez, as consequências desses impactos sobre a vida de milhões de pessoas que vivem em zonas costeiras, como é o caso de nós que moramos em Fortaleza”, disse Rômulo Alexandre Soares, co-fundador do Instituto Winds for Future.

O Instituto é responsável pela operação do Hub Social do Cumbuco, integrante da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica e apoia o governo municipal de Caucaia na certificação Bandeira Azul na praia do Cumbuco.

De acordo com o economista Célio Fernando Melo, secretário-executivo de modernização da Casa Civil do Governo do Estado do Ceará, que também esteve no evento:

“A palavra de ordem é emergência oceânica no contexto das mudanças climáticas. O lema da Conferência é o “Oceano nos Une”, nesse cenário, não é possível ficar no campo das polarizações político-ideológicas. É necessário ter a ciência, tecnologia e inovação a serviço da humanidade nessa mudança de época e transição sistêmica. Os oceanos, no que falamos como a Economia Azul Sustentável, pode ser uma fronteira importante para solucionar as questões sociais e, principalmente, dos mais vulneráveis”, acrescenta Célio Fernando, secretário-executivo da Casa Civil.

Para facilitar a divulgação pública dos temas e resultados relacionados à presença do Ceará durante a Conferência Oceânica, o projeto Ceará Global, de iniciativa da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro da ADECE e da Câmara Brasil Portugal no Ceará, está trazendo ao longo da Conferência, uma síntese diária publicada no LinkedIn acerca dos assuntos tratados em Lisboa. Fonte: TrendsCE.

Serviço:
Conferência Oceânica Das Nações Unidas
Data: 27 de junho a 1º de julho

Local: Lisboa, Portugal

Site da Conferência Oceânica:

https://www.un.org/en/conferences/ocean2022

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